Gestação saudável é tema de seminário no auditório da Esamaz

  • Publicado em 11/11/2015
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Foi aberto nesta quarta-feira, dia 11, no auditório da Esamaz, o I Fórum Amazônico de Saúde. A primeira palestra foi do Enfermeiro-Obstétrico Antonio Padua, coordenador do Curso de Pós-Graduação de Enfermagem da Esamaz. Ele falou sobre as peculiaridades do parto domiciliar na região Amazônica, abordando os avanços e desafios.
Segundo ele, a Amazônia é uma das regiões onde parto domiciliar tem a maior incidência, devido a área geográfica da região, com lugares de difícil acesso. A grande maioria  dos partos ainda são realizados por parteiras. “ O Ministério da Saúde tenta profissionalizar isso através da Rede Cegonha, com a criação das Casas de Parto. Os profissionais de saúde também então sendo treinados para fazer esses partos de forma segura”, explicou  Antonio.
Ainda segundo ele, os enfermeiros-obstetras podem fazer parto no domicílio. “ Eles tem estão preparados para qualquer situação de emergência no momento do nascimento do bebê”.
Antonio Padua reforçou a importância do  I Fórum Amazônia de Saúde em despertar a curiosidade dos estudantes da área de saúde sobre a realidade da gestação na região em que eles vivem e onde devem atuar no mercado de trabalho. “ Queremos também reforçar o combate a mortalidade materna pelos partos realizados por pessoas não profissionais, como as parteiras. O risco é de 2%. 98% são realizados com sucesso. As hemorragias e infecções são as principais causas da mortalidade das grávidas.”, revelou o enfermeiro-obstestra.
O Fórum reúne cerca de 150 profissionais e estudantes de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Nutrição, Fisioterapia, Educação Física. Até amanhã (dia 12) eles vão discutir os cuidados para uma gestação saudável por meio da interdisciplinaridade. As palestras e mesas redondas reúnem profissionais que são referências nacionais em temáticas que impactam na qualidade de vida tanto da grávida, quanto do bebê, desde a concepção até os primeiros momentos de vida pós-nascimento. Segundo a organização do evento, o FAS surge como um espaço de intercâmbio de conhecimentos e boas práticas de saúde na Amazônia, com facilidade de acesso e qualidade técnica.
A programação permite a integração entre as áreas da saúde e busca também analisar o cenário local a partir de uma conexão com a realidade vivida no restante do Brasil.
Na tarde desta terça, dia 11, o odontólogo e membro da Associação Brasileira de Odontologia, Laurindo Borelli Neto, conversará com os participantes sobre a importância da saúde bucal durante a gestação para evitar problemas cardíacos. Já o presidente da Associação Paraense de Ginecologia e Obstetrícia, Ricardo Quintairos, encerrará o primeiro dia abordando problemas da endometriose, doença que pode afetar mulheres desde a adolescência até a pós-menopausa e causa a infertilidade com dores em decorrência do crescimento do revestimento do interior do útero fora do órgão.
Nesta quarta, dia 12, os participantes vão assistir a palestra da nutricionista e membro da Associação Brasileira de Nutrição, Debora Melo, que vai falar sobre a relação de atividades físicas e a alimentação para uma gestação saudável. As gestantes portadoras do HIV e a depressão pós-parto que acomete muitas mulheres serão os outros temas abordados no segundo dia do Fórum Amazônico de Saúde.
O evento tem a realização da Três Comunicação, com apoio da Escola Superior da Amazônia (Esamaz), Faculdade Integrada Carajás (FIC), CPós Centro de Pós-Graduação, Grupo FB de Comunicação Visual e Loja TaNaNet.

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